quinta-feira, 7 de julho de 2011

Cobranças


"Cobrar afeto é pior do que agredir fisicamente. Incha mais do que um tapa na cara. É cortar as palavras mais do que os lábios. Assume-se a condição de credor, como se o amor fosse uma dívida.
Assume-se uma posição superior em relação ao cobrado. Uma posição hierárquica, de chefe reivindicando o cumprimento dos prazos.
(...)
Toda hora se deseja ouvir "eu te amo", como se o amor fosse chiclete para ocupar a boca.
(...)
O amor não é uma versão de Windows que precisa ser atualizado a cada ano para girar mais rápido.
O amor é lento mesmo".

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