domingo, 28 de agosto de 2011

Me comportar?

"Desde pequeno:
Vi o Tarzan andar pelado.
Cinderela chegava meia noite.
Pinocchio mentia.
Aladim era ladrão.
Batman dirigia a 320 km/h.
Branca de Neve morava com 7 homens.
Popeye fumava e era todo tatuado.
E o PacMan corria numa sala escura com música eletrônica comendo pílulas que o deixavam acelerado. 

TARDE DEMAIS!
A culpa é da INFÂNCIA!"

Por ai...

Ótima ideia!
Divertida!

domingo, 21 de agosto de 2011

ah o amor!


Não, definitivamente não. Amor não é fogo que arde sem se ver.

O amor dói e nós o vemos e o sentimos. É como ter milhões de facas afiadas atravessando nossos corações. Um sentimento que, em muitas vezes, não conseguimos compartilhá-lo em sua plenitude. Fica preso, sufocado, quieto, martirizando o seu dono, que não é dono, pois o amor é quase autônomo. Nós apenas somos um “recipiente” que guarda o amor, uma terra na qual o amor floresce, dá frutos e encanta.

Amar é mais do que dizer um simples “eu te amo”. Ah, amor, porque me tomas? Sabes que não estou pronto e preparado para amar! Mas, quem está?

Ah, esse amor é tão sorrateiro, chega sem pedir, sem avisar, sem querer querendo.

Um dia, como qualquer outro, simples, comum... É nesse período, no qual as coisas estão se organizando, é justamente aí que o amor se instala e promove um vendaval, muda gostos, transforma rotinas, aquece e sacode o coração.

Amar é sofrer, chorar, viver melancolias e amadurecer. O amor não é só sofrimento. Ah, Deus. Nós aprendemos com o amor, pois ele ensina da forma mais contundente, mais prática, mais terrível: amar amando. Parece e é uma redundância, mas existe outra forma de aprender se não amando?

É com o amor que nós temos o maior exemplo de carinho, respeito e de que Deus se importa conosco: João 3:16 “Porque Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, a fim de que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna”. Esse foi o amor mais sincero que alguém poderia demonstrar. Será que somos capazes de amar com essa intensidade? Provavelmente não. Por isso, amor de Deus pela humanidade é a referência mais nobre, rica, pungente possível e que devemos tentar imitá-la, amando incondicionalmente as pessoas, os seres, as criações de Deus.

Quem pode dizer que o amor é ciumento, passional, irracional, impensado, inconsequente e desequilibrado? Ah, certamente nunca teve contato com um amor puro, livre de vícios e de pecados humanos, um amor verdadeiro! Amar é não exigir nada em troca, é ter um sentimento gratuito, singelo, delicado, firme e flexível.

Não, definitivamente não é fácil amar. Temos que colocar todos os sentimentos, as forças das nossas entranhas e o nosso vigor físico e mental para poder amar satisfatoriamente. Não existe uma fórmula para amar, não é possível ser cartesiano no amor, mas há algo que pode nos ajudar: as experiências. Por isso, concluo esse texto, transcrevendo uma das mais belas experiências sobre o amor, relatada em um trecho de I Coríntios 13: 4-7:

“O amor é longânime e benigno. O amor não é ciumento, não se gaba, não se enfuna, não se comporta indecentemente, não procura os seus próprios interesses, não fica encolerizado. Não leva em conta o dano. Não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade. Suporta todas as coisas, acredita todas as coisas, espera todas as coisas, persevera em todas as coisas.”

Daqui ó:

sábado, 6 de agosto de 2011

Metade


Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.

Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade, a canção.

E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também.


Oswaldo Montenegro