"Quando a gente gosta, a gente cuida. Cuida mais do que devia.
Gostar é se prevenir do desgosto.
A gente nunca sabe o que é suficiente, a gente vai se doando, se gastando, sem pedir troco.
A gente gasta mais do que tem e corre atrás para imaginar o que não viveu para não fazer falta à memória mais adiante.
(...)
Quando a gente gosta, a gente começa emprestando um livro, depois um casaco, um guarda-chuva, até que somos mais emprestados do que devolvidos.
(...)
Gostar é não devolver, é se endividar de lembranças".
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